5.7.11

Pronto, agora já pode voltar a dormir

Faz um pouco mais de um mês que eu não escrevo nada. Mas ao contrário da agonia sentida na postagem anterior, hoje eu estou respirando bem melhor, com o cabelo encharcado e alma lavada depois de um banho bem demorado.
 Há três dias, não faço nada de útil . Só quero que chova e todos os meus vizinhos com os quais eu não falo, virem meus amigos e corram comigo pelo asfalto. Minha cabeça tá cheia de conflitos que não fazem bem a ninguém, e meus argumentos pra me convencer de uma ou outra coisa estão tão fracos, que nem eu me convenço. A maioria das coisas parecem tolas, e algumas que poderiam ser vistas como importantes, acho que nem vale a pena tentar. Tudo é muito simples e bobo, mas é que são muitas unidades, e por mais que seja pouco, muito do pouco também vira muito.
Tudo porque eu acordei e percebi que eu gosto das coisas do meu jeito.
O maior problema é: eu não sei dizer que jeito é esse.

Mas o bom de tudo isso é que mesmo assim eu acordei feliz, seja lá o que isso quer dizer.

1.6.11

Everyday is so wonderful. And suddenly, it's hard to breathe.

Eu evitava parar pra pensar se isso tudo fazia realmente algum sentido. Com o tempo, eu deixei o resto de razão que existia perder-se, só empurrando tudo de qualquer jeito, sem fazer nada certo. Aí só restou um pouco de desgosto e negligência e toda a espera por dias especiais, sei lá, comer algo diferente na semana, mesmo que depois passasse um pouco mal. Pois sair da rotina com essa simplicidade é o máximo que se alcança.
Inventar desculpas pra fugir dos compromissos porque se está simplesmente saturada de tudo. Quem sabe seja passageiro e no futuro eu vá sentir aquela nostalgia, mas por enquanto eu só quero que acabe, eu só quero é descansar sem me preocupar no que eu estou deixando de fazer. Nos momentos que eu perco. Dos amigos que eu afasto, mesmo sem querer. Pois o efeito colateral mais doloroso é não poder passar mais tempo com quem eu gosto, nem ousar me apegar a alguém que depois de um tempo, disputaria minha atenção com duzentas outras coisas (e nem falo só das obrigações).
É bom fazer quando se gosta, e quando se gosta, você não se cansa. Você se esforça. E do jeito mais duro eu percebo que eu só não descobri quem eu sou, o que eu quero. Ou talvez eu só não tenha tempo pra curtir tudo o que está acontecendo, pois eu sei que em outros tempos, tudo teria sido melhor.

Now and then, I get insecure.

15.5.11

sorry, bro

Eu bolei uns parágrafos bem legais ontem, mas eu certamente os esqueci quando eu dormi e sonhei que eu fugia da polícia pelo país com o Michael Scofield e um outro personagem de um filme, que toda vez que era preso falava o nome e dizia que tinha um metro e oitenta: tão simpático.
Enfim, há três dias eu não vejo a luz do sol, e por mais que eu tivesse mesmo precisando de um descanso de majorações ou descrições de paginação que eu não sei fazer,  eu não sinto que passar três dias enfiada dentro de casa com dor e ingerindo remédios receitados pela minha mãe seja a melhor solução. Primeiro, porque não usei meu tempo livre pra nada de útil. Segundo, porque eu tô realmente vesga de tanto assistir HIMYM (foram duas temporadas em dois dias, quão sedentária eu ainda posso ser?). Terceira, eu pensei em dar uns pulos e fazer uns abdominais pra compensar, mas meu corpo diz que eu ainda tô fraca demais pra isso. E quarta, que por mais que a dor de cabeça não ganhe em intensidade, ela enche o saco pela constância, então, não dá pra pensar em nada que seja válido. Quinta, eu volto pra primeira, porque chegando aqui eu me convenço realmente que eu não usei esses dias pra nada útil.
O bom sinal é que a medida que eu vejo que digitar isso é perda de tempo*, eu sei que já estou quase pronta pro meu cotidiado. Porque eu lembro que há algumas dezenas de horas atrás eu só pensava "dane-se o mundo, eu quero é tomar esse remédio que me dá sono e dormir por 12 horas seguidas", então estar visualizando o amanhã como um dia em que eu não dormirei nem 7 horas por noite, e estar animada com isso, me faz saudável (ou não).
*necessária

7.5.11

Somewhere over the rainbow bluebirds fly.

Day 11 - a deceased person you wish you could talk to

Você foi tão rápido que e nem lembro de ter dito que te amo, sequer uma vez. As poucas lembranças que me restaram e que te relacionam sou eu pedindo boneca e as ganhando de presente, naqueles finais de tarde quando você chegava do trabalho, com um sorrisão no rosto. Eu lembro que era bonitão, pelo menos eu achava.
As outras lembranças que tenho são umas um pouco forçadas pelas fotografias, ou com você estralando meus dedos (e doía muuuito),  ou a gente tomando chá antes de dormir, ou eu sendo proibida de comer banana a noite. Por mais que na maioria do tempo pareça que você nem existiu, eu sinto falta de poder dizer "pai.". É chato quando tudo o que eu disse antes parece um sonho com alguém que tinha  o nariz igualzinho ao meu.
Você sabe o quanto eu penso em você? Você ouve quando começo meu monólogo, de como eu queria que estivesse aqui? Eu realmente queria. Existem coisas incompletas, nem todas foram possíveis consertar.  A morte faz parte da vida sim, mas eu nem virei gente, pisquei e você já tinha partido.
Espero que eu seja motivo de orgulho, porque pra mim você é. Ninguém nunca tomou o seu lugar.
E cara, eu te amo demais.

30.4.11

Intangível.

Há dias não se sente o vazio por essas bandas, como muito era frequente há tempos atrás. Nem que esteja cheio de doce de goiaba ou nem que seja só até a metade com granola e mel, mas nunca, nunca vazio. São os turbilhões de ideias impregnadas de subjetividade que por vezes são usadas contra quem não permite, irritando e mal-dizendo, que não permite que exista a fome ou o sono, uma estática incrementada de sentimentos bonitos e abomináveis, formando um grande sorvete com cobertura de limão, granulado e jujuba. Tudo muito doce, como a vida bem deveria ser.
Conjeturavam se sim ou se não, um para ter a certeza de ficar e outro para ter a certeza de partir e nunca olhar pra trás, mas nunca obtiveram uma resposta, com a desculpa cafona de que nada lhe foi perguntado e assim mesmo ficou, sem sim e sem não. Se chateavam-se? Não, pois tu mesmo ensinastes a filosofia e nós mesmos seguimos, mesmo que nossas jujubas estejam meio murchas e com pouca açúcar, parece ser um futuro promissor, ter que mastigar e mastigar até nossas gengivas ficarem fadigadas e doloridas.

21.4.11

Quando você acha que as coisas parecem que melhoraram é porque algo te passou desapercebido.

Dizem que a vida é bela, acho tolo, mas às vezes até concordo. Não posso me pôr a escrever cheia de amargura e dizer que é vida é lixo, que tudo fede, que é tudo feito pra sentir dor e alegria é só a anestesia de breves momentos. Nesse momento, não sei se o sentimento é de raiva ou tristeza, na verdade, tenho concluído que os dois se completam e por isso faz todo sentido eu dizer que coisas que deviam me entristecer me enraivecem e vice-versa, o que pouco importa, pois isso só faz mal. Amigo meu que costuma ler a Bíblia, disse que nela diz que quando alguém te chateasse, você tinha que ir lá e pedir desculpas. Desculpas por se sentir chateado, "desculpa se você não gosta de mim", suas palavras. Não sei se é verdade, mas muito me intrigou, sendo que todo dia uma nova cor me irrita no mundo e fico querendo que as pessoas vão para os seus universos paralelos preferidos e me deixem em paz. Não é necessário dizer que só estou sendo egoísta, egocêntrica ou boba em relação aos meus sentimentos e opiniões, é isso o que eu estou sendo hoje e se amanhã terei uma posição diferente são outros quinhentos. Se é pra ser assim, no intervalo de Fantástico no domingo, vou ver se consigo uns trinta segundos e me desculpar de forma parcial por ter me aborrecido por não me sentir feliz o suficiente com tantas pessoas idiotas no mundo. Como há a questão de ponto de vista e sei que vários são os que me acham indigna desse universo também, só me resta rir e debochar, porque afinal, ninguém pode ter tudo o que quer na vida. Aguentem que nem eu.

4.4.11

Rather do without and just hold the smile

Day 02 - your crush
Vai ser breve, até porque parei de prestar atenção nisso. Na verdade, só me incomoda e eu sento no meu canto, meio preocupada, esperando passar. Penso em falar, mas falar o quê? Eu sei que você é o cara errado. Mas quando eu te vejo, parece ser o suficiente... parece ser absurdamente certo.
O problema é que me prendo a detalhes, a palavras... e eu não sei se essa é a certa pra você. Tanto, que passei a festejar, quando eu conseguia não sonhar com você... A folga que meu subconsciente foi capaz de me dar. Dessa vez, eu não tenho medo do que poderia ou não ser. Do que aconteceria ou não.O turbilhão já acontece aqui dentro, mas eu consigo encontrar a doçura disso tudo. E hoje eu quero tê-la só pra mim.

27.3.11

Even at my worst, I'm best with you

(só se alguém não entender o motivo disso)
farei quando não tiver mais nada de especial pra postar.

Day 01 - your best friend
Como eu só escrevo depoimentos do tipo "você é um bosta belezinha, tchau", achei que essa carta podia ser algo legal, pra você perceber que eu não sou essa vadia insensível que você pensa que eu sou (não que eu vá mandar pra você ler...) Tanto, que mesmo que eu esteja mal, você acha que eu sou a mutante do não-sentimentalismo e tenho que ficar boa e feliz assim que eu PENSAR em chorar, em desistir. Isso nem sempre é bom pra mim, confesso. Sei que você deve achar que o melhor caminho é sorrir e deixar pra lá, mas eu acho que nem sempre. Talvez, você só quisesse que eu mantivesse meus olhos abertos pra poder ver a cena inteira do filme, do que ficar soluçando no seu ombro porque o Dobby morreu.
Depois desses quase nove anos? (aprender limites de funções pra quê, se eu desaprendi a somar), você devia saber que eu sou exatamente os extremos. E você é sempre essa imparcialidade, esse jeito chato de levar a vida, carregando as pessoas chatas nas costas porque ninguém mais quer falar com elas, ao mesmo tempo que fica bêbado e no primeiro deslize, você manda a pessoa ir se foder. Apesar de eu ter medo que você morra por causa do seu atrevimento um dia, eu até acho legal. Mais pele e brasa. Mais Morgana do que Yuri, e deve ser por isso que eu gosto. Só aí que a gente se parece de verdade: você bêbado. Isso lá é mérito pra alguém?
Às vezes, acho que nós ainda só somos amigos porque você mudou-se pra longe e não sou mais obrigada a ver sua cara todo dia. Outras vezes, acho que a gente só se acostumou a chamar um ao outro de melhor amigo(a). Mas se eu for pensar bem, é porque eu te amo pra caralho. Eu amo muitos dos meus amigos, de várias formas diferentes, mas bastou uma vez, quando eu - literalmente - sonhei que te perdi, e amanheci com um coração esmagado. Por mais que a gente não se veja toda semana, por mais que eu não te ligue com a frequência decente, não tem um dia que eu não pense em ti. Nem que seja nos casos "que meeerda, Fulano tem a mesma mania irritante do Yuri", ou nos "aposto que ele teria feito uma piada sobre isso muito melhor que a minha", e é tudo verdade. Você está no meu dia-a-dia mesmo sem estar realmente. Um monte de coisas boas eu aprendi com você e por mais que você ainda use alguns argumentos toscos sobre a vida, e não aceite os meus, meia hora depois eu paro de te achar um babaca limitado e te amo de novo, por que é isso que nós somos feito pra fazer.
Eu lembro de uma coisa que você disse há uns três anos "É verdade aquela frase que diz 'nós nos aproximamos das pessoas pelas suas qualidades, mas continuamos com elas além dos seus defeitos', porque sério, tu é insuportável". Até hoje, não sei quais foram essas benditas qualidades... Mas devo agradecê-las por te trazer pra minha vida.