14.12.12

branco com amarelo

Os cabelos brancos dele e o sorriso amarelo dela.
Porque parecia que ela não queria estar lá. Parecia infeliz. Ela sempre parecia infeliz.
Ele, com seus cabelos brancos, queria mais que o sorriso amarelo dela, por isso sorria com olhos, coisa linda de se ver. Tão sincero. Tão de botar no bolso e levar pra casa, porque olhos brilhantes que nem os deles, só sendo os dele.

Ela gostava dele tanto quanto ele gostava dela, só achava que ele sorria com os olhos pra todo mundo e ela não queria fazer parte do todo-mundo. Ela queria ele pra ela, botar no bolso e levar pra casa - mas não demonstrava porque nunca demonstrava nada. Por vezes pensava que as pessoas achavam que ela era infeliz, quando só não dava atenção demais para o que havia ao redor, estava sempre tão cansada...

Ele, com cabelos brancos e sorrindo com olhos, tão esperto e inteligente, cheio de sardas no nariz, sem forçação de barra ou qualquer coisa do tipo, tinha um mês. Não, não é como se fosse morrer - não que fosse sabido se iria morrer - , mas o tempo esgotava-se e o sorriso ia ficando amarelo também, pois cansava-se, como alguém suspiraria dias depois que era natural, porque coisas assim acontecem.

Ele iria embora. Talvez pra sempre, talvez pra sempre apenas dela, e ela nunca saberia, pois nunca tinha percebido, pois estava sempre tão cansada...


2.12.12

something is wrong when i realize i like your lopsided smile way too much

hey baby, something is wrong. do you feel? do you feel? i get nervous everytime i see you and i think i am in love everytime i see your smile. it's not like you've ever tried, it's not like i was even looking for something, it just happened. do you feel that? i guess i'm falling for you. and then, then i feel young again, then i start forgetting all the old stuff i've been torturing me with, then i stop trying to rescue something i don't need just because i am needy. i guess things got serious when i started whispering "please, baby, don't be gay" or when  i actually started to wish i were a guy, just to be with you and your lopsided smile.

18.11.12


So here is the thing.
I'm not sure if I know you because you made sure I never would. I started thinking that's because you thought I wouldn't like the real you. You shouldn't have left me see what was happening. Now you're trying too hard to show me another person you're not. You're trying too hard to be around and oh man, you're making sure I'm going to be away for. so. long. I don't want a shadow, I used to want a friend and I'm not quite sure if I had one. And you know what? I was tired and I am tired. So if you want to talk, do it. If you want to be you for the first time, do it. And everyone can follow with their lives.  By themselves. With no shadows.

8.6.12

Melhor juntos.


Eu não te deixo ir.
E nem adianta, não deixo mesmo e nem vou.
Você não sabe, mas ao meu lado você soa certo,
Ao meu lado a gente soa bem.

Eu sou feliz, e o sorriso vem fácil.

Eu não te deixo ir.
E não me olha assim, como se não quisesse ficar,
Porque você faz questão e teu sorriso é quem me diz.
Por mais que tanto, tanto diga não.
Mas hoje, hoje não escute o tanto,
Ele não sabe de nada.
Escute o canto que vem de mim, pedindo pra você ficar.
E presta atenção no encanto que é você fechando a porta e sentando no sofá.

22.4.12

Veja bem, meu bem

Porque eu quero voltar aqui daqui a um mês e lembrar dos dias felizes que eu tive e saber que outros ótimos ainda virão. Eu quero lembrar que um dia eu tive medo de dormir só pra nunca parar de me sentir assim. Porque a felicidade hoje veio tão fácil, nem precisei implorar; e não veio pela metade, veio bonita e cheio de carinho pra dar.
E eu? Eu quero é te acorrentar pra nunca te deixar ir, mas decidi que vou te dividir com todos. Porque você é ainda mais linda quando aparece de surpresa, quando me pega desprevenida, quando você me faz querer cantar e dizer em voz alta "Foi tão maravilhoso, tão maravilhoso!"

E aquela noite e aquelas pessoas e aquele aperto, aquele calor humano, aquela briga por espaço vital te trouxe pra mim.

vou lá, andar
e o que eu vou ver
eu sei lá



Esse título pode (ou não) ser repetido, pode (ou não) ser clichê. Eu nem me importo; hoje o Rodrigo Amarante riu (ou não) pra mim.
Até sei lá quando.

9.2.12

Diz pra mim como vai você.

Compartilhar algo um mês depois de ter encharcado o travesseiro, gritado por ajuda do além e abraçado um ursinho de pelúcia velho que te faz tossir.


"Por que tu não me disse isso antes?"
"Isso o quê?"
"Que tu não tava bem..."
"Pra quê? A vida é tão bonita pra enchê-la com o drama do dia-a-dia..."

Talvez varie apenas para um "tô morrendo com amigdalite bacteriana e não consigo dormir sem acordar com baba no travesseiro", mas a resposta é sempre a mesma. Assim podemos voltar às nossas vidinhas de sempre, você não se preocupa com minha vida e eu finjo que me sinto bem por ninguém saber.