Eu evitava parar pra pensar se isso tudo fazia realmente algum sentido. Com o tempo, eu deixei o resto de razão que existia perder-se, só empurrando tudo de qualquer jeito, sem fazer nada certo. Aí só restou um pouco de desgosto e negligência e toda a espera por dias especiais, sei lá, comer algo diferente na semana, mesmo que depois passasse um pouco mal. Pois sair da rotina com essa simplicidade é o máximo que se alcança.
Inventar desculpas pra fugir dos compromissos porque se está simplesmente saturada de tudo. Quem sabe seja passageiro e no futuro eu vá sentir aquela nostalgia, mas por enquanto eu só quero que acabe, eu só quero é descansar sem me preocupar no que eu estou deixando de fazer. Nos momentos que eu perco. Dos amigos que eu afasto, mesmo sem querer. Pois o efeito colateral mais doloroso é não poder passar mais tempo com quem eu gosto, nem ousar me apegar a alguém que depois de um tempo, disputaria minha atenção com duzentas outras coisas (e nem falo só das obrigações).
É bom fazer quando se gosta, e quando se gosta, você não se cansa. Você se esforça. E do jeito mais duro eu percebo que eu só não descobri quem eu sou, o que eu quero. Ou talvez eu só não tenha tempo pra curtir tudo o que está acontecendo, pois eu sei que em outros tempos, tudo teria sido melhor.
Now and then, I get insecure.
Pra variar, eu só acho que te entendi. E olha que é porque eu estou por perto. Eu te entendo. E essa angústia tbm toma conta de mim, claro que não do teu jeito.
ResponderExcluirEu poderia te dizer que é coisa do sufixo teen das nossas idades em inglês. Mas não é não. Quanta gente na casa do 20 que eu conheço e não sabe o que fazer, quanta gente na casa dos 30 ainda está escolhendo o rumo. Eu não sei se um dia de certeza absoluta chegará. Queria te dar um abraço e dividir esse peso, colocar ambos em mil polias paralelas, mas é por isso que é juventude se embriaga.