15.5.11

sorry, bro

Eu bolei uns parágrafos bem legais ontem, mas eu certamente os esqueci quando eu dormi e sonhei que eu fugia da polícia pelo país com o Michael Scofield e um outro personagem de um filme, que toda vez que era preso falava o nome e dizia que tinha um metro e oitenta: tão simpático.
Enfim, há três dias eu não vejo a luz do sol, e por mais que eu tivesse mesmo precisando de um descanso de majorações ou descrições de paginação que eu não sei fazer,  eu não sinto que passar três dias enfiada dentro de casa com dor e ingerindo remédios receitados pela minha mãe seja a melhor solução. Primeiro, porque não usei meu tempo livre pra nada de útil. Segundo, porque eu tô realmente vesga de tanto assistir HIMYM (foram duas temporadas em dois dias, quão sedentária eu ainda posso ser?). Terceira, eu pensei em dar uns pulos e fazer uns abdominais pra compensar, mas meu corpo diz que eu ainda tô fraca demais pra isso. E quarta, que por mais que a dor de cabeça não ganhe em intensidade, ela enche o saco pela constância, então, não dá pra pensar em nada que seja válido. Quinta, eu volto pra primeira, porque chegando aqui eu me convenço realmente que eu não usei esses dias pra nada útil.
O bom sinal é que a medida que eu vejo que digitar isso é perda de tempo*, eu sei que já estou quase pronta pro meu cotidiado. Porque eu lembro que há algumas dezenas de horas atrás eu só pensava "dane-se o mundo, eu quero é tomar esse remédio que me dá sono e dormir por 12 horas seguidas", então estar visualizando o amanhã como um dia em que eu não dormirei nem 7 horas por noite, e estar animada com isso, me faz saudável (ou não).
*necessária

7.5.11

Somewhere over the rainbow bluebirds fly.

Day 11 - a deceased person you wish you could talk to

Você foi tão rápido que e nem lembro de ter dito que te amo, sequer uma vez. As poucas lembranças que me restaram e que te relacionam sou eu pedindo boneca e as ganhando de presente, naqueles finais de tarde quando você chegava do trabalho, com um sorrisão no rosto. Eu lembro que era bonitão, pelo menos eu achava.
As outras lembranças que tenho são umas um pouco forçadas pelas fotografias, ou com você estralando meus dedos (e doía muuuito),  ou a gente tomando chá antes de dormir, ou eu sendo proibida de comer banana a noite. Por mais que na maioria do tempo pareça que você nem existiu, eu sinto falta de poder dizer "pai.". É chato quando tudo o que eu disse antes parece um sonho com alguém que tinha  o nariz igualzinho ao meu.
Você sabe o quanto eu penso em você? Você ouve quando começo meu monólogo, de como eu queria que estivesse aqui? Eu realmente queria. Existem coisas incompletas, nem todas foram possíveis consertar.  A morte faz parte da vida sim, mas eu nem virei gente, pisquei e você já tinha partido.
Espero que eu seja motivo de orgulho, porque pra mim você é. Ninguém nunca tomou o seu lugar.
E cara, eu te amo demais.