27.6.13

alex turner não facilita nas madrugadas

Aprendeu a esperar pelo pior, mais daí fica exausta por sempre estar certa. 
E esse peso nos teus ombros é do caralho e tu fica querendo massagem das pessoas mais aleatórias. 
Daí tu comenta com um amigo que vai fazer algo que nem quer fazer e ele pergunta a razão de tu ir fazer, então, e tu diz que tá entediada. Não precisa mais causar prazer, só precisa te tirar da monotonia, só precisa te fazer parar de pensar, pensar, pensar. 
Outro dia tu disse que não se importa, que tava até mais leve. Por falta de termo melhor, tava até mais feliz. Até não conseguir dormir porque, caralho, né que essa porra dói. 
É gastrite, é enxaqueca, é inflamação de garganta, que dó, que dor de ti.
Tu tá relutante em perceber que precisa de resgate do que tu diz ser teu.


9.5.13

(i guess) it means something good.

"i dreamed about you last night. but this time you weren't naked."
"are you serious? i dreamed about you last night. but this time you were."

te faço um café enquanto tu me fala sobre os perigos da saudade.


15.4.13

cuida do teu jardim

eu gosto do som do pandeiro e da sensação que ele me dá que basta sambar pra tudo ficar bem. eu gosto do abraço de todos os que eu vi. eu gosto de mãos inéditas na minha cintura e apertos e cafunés e apelidos carinhosos e real preocupação e gente que me faz bem, e gente que eu não quero que vá embora nunca, nunca. eu gosto de me perceber demonstrando que eu me importo. eu gosto de seguir os conselhos que eu dou, cantar alto uma música feliz, cantar mal, mas cantar, dançar mal, mas dançar. eu gosto de sofrer sabendo que não é o fim do mundo. eu gosto de estudar acompanhada, fazer piada com matérias chatas, mandar bilhete na aula, mandar mensagem no celular e ver gente sorrir. adoro ver gente sorrir. eu gosto de amor a primeira ouvida, de música velha, de música nova, de cantada ruim de gente que você já gosta, de cheiro no cangote, de livro em inglês, de citações de harry potter, do ron weasley, de vermelho. de tanta coisa.


22.3.13

the dawn might make things better

i cry a lot when i'm watching movies or tv series. i guess that's acceptable.
i often cry when i'm drunk usually because i think of my dad and i guess that's okay.
yesterday i cried because i thought i was going to explode if i didn't. i felt somewhat free.

17.3.13

explodindo.

"i thought about the end"
"ok.

but remember, you'll always have my smile."
"it was the best part of everything."

16.3.13

a leveza que já precisa ser

até o dia que a gente se veja, troque olhares cheios de significado. se abrace e chore, cada qual por uma dor que o outro não muito bem entende. e às vezes alguém aperta o abraço só pra dar certeza de que continua lá e não vai a lugar nenhum quando amanhecer.

eu não quero mais soltar teu corpo do meu.
me desculpa pelo dia que acreditei e fui.
ninguém vai me pegar pela mão essa noite e me afastar de ti pra prometer o que não pode cumprir.

11.3.13

(e ainda falo de "nós" como se.)

ah, meu bem
hoje acordei percebendo mais cores que de costume
o dia só nasceu e eu já cantei
dancei
(ou tentei)

sonhei contigo a noite inteira.

já me senti indiferente
e abracei o travesseiro
morrendo de saudade
do meu bem.

li todos os textos que te escrevi
ah, querido
tantas palavras ásperas
tanto exagero
tanto fingimento
tanta mentira naquela noite
naquela e em todas as outras:

de sentir saudade, mas não
de querer, e não
de usar
abusar
de não ligar no dia seguinte

de vermelho.
de vinte e oito dias.
de chuva.
de calor.

aahh, tanto calor.
mais calor que amor, garçom
enche o copo
e não liga o ventilador

ah, meu bem
se eu pudesse
- mais que isso -
se eu ousasse compartilhar
todos os nossos what if's
só pra ter assunto
antes de um de nós cair no sono
perdendo o amanhecer.
só pra te sentir ir embora
dormir tão longe
como se o estrago não já estivesse feito

e não está
não está.
só em dias como hoje
que acordei e desejei
(mais que tudo)
que estivesse, meu bem
que estivesse.
só pra eu poder rodar
e cantar
e gritar
que sinto saudade do cheiro do teu suor
do teu beijo no meu pescoço
da tua voz suspirada
e do teu abraço
mais que tudo

pena que.

na maior parte do tempo
só busco alternativas
tão facilmante detectadas
que nos afastam,
 interrompem
esse desgosto que individualmente somos.
que nos tornamos.
e eu te odeio.
e me odeio por perder tanto tempo
sentindo algo por ti.
algo que vai de desprezo a saudade
num baixar de temperatura.

hoje eu sou tua.
amanhã,
nem Deus dirá.
eu já devia é ter feito as trouxas,
ido embora.

mas sou teimosa.








20.2.13

Eu tava escrevendo quando eles me vieram falar.

Distraída pelas ruas de sempre, o vi. Preferia nunca ter olhado pro lado, não era nem pra eu ter notado. Ele quis falar mas voltei a olhar pra frente como se nem tivesse visto, como se nunca tivesse feito parte da minha vida, e pra ser sincera, até hoje desejo que tivesse sido assim.

Tínhamos amigos em comum e eles me diziam que ele era legal,  engraçado, causava boas gargalhadas. Uhum, se você diz. Tá bom, eu deveria dar uma chance, né? Todo mundo merece um chance.

Me parecia que todo mundo que eu gostava queria tê-lo por perto, mas eu sabia que ele era cheio de veneno. Ainda é, é como se eu pudesse escorregar no rastro quando ele passa pelo corredor. Enfim, eu  tinha dezesseis e ele me fez chorar.

Aí me dizem que odiar alguém é dar atenção demais. Que a onda mesmo é ignorar, não dá importância nenhuma. Nessas horas em que tô andando pela rua, olho pro lado e me pergunto a razão daquela pessoa ainda existir, me faz lembrar o quão eu sou rancorosa. E olhe que me esqueço que odeio as pessoas muito facilmente. Se eu não tenho razão pra sentir raiva, sorrirei por gentileza, se não for muita forçação de barra (por mais que quase sempre seja). Mas eu honestamente o odeio. Nem disfarço, como por vezes já tentei.

Pra contextualizar e não dizerem que vivo de parágrafos que nada dizem, foi o seguinte: Uma turminha de amigos e eu comecei a curtir exageradamente um deles. Eu lembro que doía um bocadinho, ter dezesseis anos não é moleza. Eu era muito amiga de dois ou três do grupinho, nenhum deles sendo o moreno dos meus olhos. Eu tava perto deles, de boa, indo nas ondas charlantes da vida. Até que a cobra fez um comentário, que pra ser honesta, nem lembro como foi colocado, mas eu lembro que me senti me afogando numa pilha de bosta. E todo mundo sabia dos meus sentimentos juvenis. E todo mundo olhou pra mim.

Só que meninos de quinze anos se distraem fácil, então mudaram de assunto rapidamente. Eu me afastei do grupo e chamei o menino de quem era mais amiga, ele me perguntou o que aconteceu. E eu tentei explicar, até começar a gaguejar e começou a escorrer dos meus olhos o veneno que a cobra tinha cuspido na minha cara. Se alguém viu, fingiu que não, o que eu preferi. Eu recebi meu abraço de consolo, deixei o recinto e nunca mais falei sobre o assunto.

Ele vale muito pouco pra receber um escrito sobre tamanha é minha vontade de cuspir na sua cara feat. eu espero que você broxe enquanto tiver tendo relações sexuais. com caras. sendo passivo. Mas de toda forma o fiz, tô querendo superar ou algo do tipo.

28.1.13

Me molda pra então me usar.

Coloquei laço em tudo pra deixar mais poético, esperei até que fizesse sentido pra mim mesma, torci (mas não com força o suficiente) pra sonhar com qualquer outra coisa. Dormi e acordei esperando qualquer luz, pois estava amável/desesperada-mente confusa. Há duas e muitas mais maneiras de acordar pensando em alguém e vivenciei as duas e muitas mais maneiras nas últimas semanas. Fui de adoravelmente surpresa para puta-que-pariu-tô-ferrada em pouco tempo, e estava cheia demais de amargura e medo pra falar demais sobre isso, penso que falar é transformar tudo definitivamente real. Me finjo de realista embora seja um poço de pessimismo que segue suspirando e bodejando palavras de encorajamento enquanto não apalpo e nem acredito em nada que sai da minha boca. E que seja e que continue assim, cada qual com seu turbilhão secreto e seu sorriso falso. É o que tem pra hoje.

Botei o menino dele pra tocar e primeiro constatei que gostava, que não seria alguém pra se ouvir e sofrer a ausência quando terminássemos o que não começaríamos. Até que me peguei cantarolando aqueles versos pra ele e querendo que existisse amor pra ser real enquanto estivéssemos em silêncio. Gosto de aproveitar nossos momentos de silêncio, mas gosto mesmo é daquela voz. Quando baixinha e preguiçosa, então... Nesses momentos me aceitava enquanto infinitamente screwed por só Deus sabe quanto tempo. Fiquei meio receosa pois chorei pelas razões erradas no Janeiro passado e queria muito que esse primeiro mês do ano doesse menos. Foi aí que acordei diferente no último domingo.

Eu não sou muito especial em nada e nem sequer sei porque ele insistiu por minha companhia, mas eu sempre estaria lá porque simplesmente adorava a dele. Com piadas ruins e dores nas costas, sorriso bolado e sono, tava lá de todo modo, porque eu sabia que riria, que ele iria segurar minha mão mesmo estando soada e soprar meu rosto quando eu estivesse com calor. E fazer caras engraçadas. E me beijar no meio de um sorriso... É como se tivesse vindo me visitar trazendo uma surpresa maravilhosa. Ele tem todo o direito de ir embora, mas eu quero tanto que ele fique. Gastei tanto tempo desejando algo real sem saber que eu tenho algo real. Eu tava lá, ele também tava e a gente chovia...

14.1.13

Senta aqui que hoje eu quero te falar

Acordei com um vazio, sei lá de quê, até lembrar que era fome. Durante horas quis que fosse, mas é que simplesmente me entupi de pão de queijo e tô pior ainda. Não sei se preciso de alguém ou qualquer coisa especial pra não me sentir um poço. Talvez eu só precise de um pênis.

and I was oozing with sticky sweet love.

Deixa só eu postar essa frase aqui fora de lugar, pelo fato de eu ter quase me esquecido como é  achar que qualquer paixonite de esquina vai me desmontar por completo, mesmo sabendo que dura no máximo uma semana. Ou duas. Só sei que dá saudades e eu sonhei com ele uma, duas, três vezes. Tá ficando um saco. Não é como se eu precisasse ou como se ele fosse importante, porque honestamente.. nem é. O problema é que eu queria ter alguma coisa pra ser indubitavelmente real. Que ninguém fosse gay, que ninguém fosse embora, que ninguém dissesse coisas legais só pra entrar nas minhas calças. Precisa mentir não, fala a verdade que eu digo não e todo mundo vai pra casa e talvez alguém ainda consiga uma gata. E sei lá, quem sabe alg(éu)m se convence e leva um pênis (e o dono) pra casa.

Só que mentira ferra com tudo. Porque eu tava numa boa até perceber que eu queria que fosse verdade, porque como eu disse, eu preciso de algo pra ser de verdade, cara. Mas coisas boas, pelo menos uma vez: de coisa ruim o ano passado foi tão cheio que até dava pra dar uma maneirada nesse, já imaginou? É só uma idéia. Oops, nem o chrome aceita mais minhas idéias com acento. Ideia. Que seja, então.

Mas sério, bem que algumas coisas poderiam dar certo esse ano. Certamente não vai ter Los Hermanos, Cícero, Marcelo Camelo pra cantar pra mim e aliviar a barra de um ano daqueles.Talvez só tenha sido tão ruim porque eu tava ocupada querendo não ter crises existenciais enquanto eu tentava lidar com as que eu estava tendo de fato. Ser do tipo que fica mal por estar triste não é saudável, vá por mim. Massa é não sorrir quando não quiser e se eles quiserem compreender, que compreendam. Ninguém vai estar lá quando eu quiser mergulhar de cabeça no azulejo cinzento enquanto escuto aquela música que geralmente me fazia feliz mas é que eu odeio despedidas.  Mas foi bom de encontrar lá em cima...